Insanity Seeker

A Loucura o leva à verdade, assim como a Verdade o leva à Loucura.


A coisa mais misericordiosa do mundo, creio eu, é a incapacidade da mente humana em correlacionar todo o seu conteúdo.
Vivemos numa plácida ilha de ignorância em meio a negros mares de infinito, e não está escrito pela Providência que devemos viajar longe.
As ciências, cada uma progredindo em sua própria direção, têm até agora nos causado pouco dano; mas um dia a junção do conhecimento dissociado abrirá visões tão terríveis da realidade e de nossa apavorante situação nela, que provavelmente ficaremos loucos por causa dessa revelação ou fugiremos dessa luz mortal rumo à paz e à segurança de uma nova Idade das Trevas.
H.P. Lovecraft

Portais

julho 29th, 2010 by Lordspy

Estive em uma jornada ultimamente que, apesar de ter me impedido de escrever, me deu um bom descanso de tudo o que passei, além de me dar algumas idéias sobre motes filosóficos que ainda não foram divulgados, pois pelo menos não os li em lugar algum.
Infelizmente alguns deles foram perdidos entre momentos ébrios em bares na Transilvânia ou, também ébrio, em conversas com supostos amigos em hostels pela europa oriental, mas uma dessas me chamou a atenção e acabou por me fazer pensar mais a respeito: A dos Portais da Realidade.
Isso tudo me veio em um sonho e apesar de ter desenvolvido algum raciocínio sobre a mesma tenho certeza de que ainda é necessário muito trabalho para deixá-la como uma teoria fechada.
O mote simples e claro é o de que não existem os vários universos ou realidades que as teorias da física contemporânea (pelo menos algumas) pregam, mas apenas uma realidade/universo, limitado, porém, em constante expansão e com capacidade ilimitada de expansão, ou seja, pode sim vir a ser infinito.
As bordas dessa realidade são definidas pela interação de percepção que cada um de nós um dia já viemos a ter dela mesma sendo, portanto, nós, seres vivos, “portais de percepção” da realidade, cada um seguindo numa determinada direção e sentido e interagindo uns com outros de diversas formas fazendo com que, a cada interação, ao menos dois (o atuante e o atuado) “portais de percepção” sofram uma alteração em seu conjunto de valores, alterando sua direção e/ou sentido, portanto, alterando sua percepção da realidade como um todo, seja de forma branda ou brusca.
Existe, porém, muito mais que ser trabalhado nesse conjunto de raciocínio, porém me parece bem um modelo básico para a criação de um interessante campo filosófico a ser explorado.

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