Procrastinando, como sempre, após o almoço no trabalho, percorrendo as notÃcias num dos portais do PIG (*), de canto de olho vejo o tÃtulo de “Galeria de Fotos do Dia” e, como é dito que uma imagem vale por mil palavras, à s vezes me impressiono com esse tipo de arte moderna, a fotografia, que nos produzem, muitas vezes, espetáculos fantásticos, como os vistos na seção “Imagem do dia” da Wikipedia, mas volto ao assunto e a imagem mostrada de chamariz para tal galeria é a de uma menina que se recusa a entrar em seu 1o. dia de aula o que, apesar de não ser no Brasil podemos, claramente, co-relacionar as idéias a serem apresentadas nesse post com esse fato, mesmo aqui em nosso paÃs, nos faz, para aqueles capazes disso ou dispostos a, pensar sobre o porque dessa imagem ser tão comum.
Me lembro de quando pequeno, ainda na pré-escola, uma das cenas que não me sai da cabeça era a de um colega literalmente “esgoelando” por que não ficaria com a mãe e por isso não queria assistir aulas. Essa é uma cena bastante comum e está diretamente ligado ao modelo educacional dentro da própria famÃlia. A mãe protege a criança de muitas formas e quando apresentada a um ambiente estranho, não necessariamente hostil, a criança se sente desconfortavel e, por não conseguir discernir desconforto de medo, a criança deseja a proteção da mãe. Provavelmente eu também tenha feito isso, talvez uma ou duas vezes, não tantas quanto esse meu colega, me lembro de outros também e é algo que podemos aceitar por ser fruto de um modelo comportamental saudável em princÃpio. Porém, podemos, também, levantar outro modelo de disrupção comportamental a um meio que se não ajuda, pelo menos não deveria poder atrapalhar. Digo, obviamente, a respeito da TV. Principalmente dos programas voltados para o público infantil. Não é difÃcil observar programas infanto-juvenis atuais em que jovens e mesmo crianças são literalmente torturados em escolas e para isso precisam, para resolverem seus problemas, recorrer a meios não ortodoxos como: “guia de sobrevivência”, “fadas”, “instinto/comportamento animal”, dentre outros. Tais desenhos estão mais direcionados aos adultos que à s crianças. Não refuto que a escola seja um ambiente hostil, de fato ela o é, porém é necessário entender que, para aqueles que está iniciando sua vida escolar, passar a imagem de que a escola é um ambiente hostil é justamente passar a imagem errada sobre o modelo educacional, embora alguns amigos e eu consideramos que “só a violência educa” (e por violência não especificamos necessariamente a fÃsica), é responsabilidade da escola administrar a aplicação de tal “violência”, dos pais de amenizar os efeitos colaterais através da educação e para aqueles que me perguntam onde entra a TV eu lhes digo: Assistam e divirtam, mas cuidado com qual idéia você e seus filhos estão apreendendo por ela, isso não só pode, mas certamente será um grande problema para vocês. De preferência, leiam livros. É mais saudável.
Porque então não fazemos animações sobre como é um “porre” o ambiente de trabalho? Quem sabe assim as crianças ou roteiristas não começam a pensar em novos métodos para fazer com que o ambiente de trabalho se torne interessante.
Quanto a mim, eu gosto de estudar e aprender… portanto, de certa forma, podemos dizer que sou masoquista… mas não no sentido fÃsico apresentado à definição. TV, eu sei o que assistir nela. Infelizmente, para assistÃ-la, o tempo não me permite, o dinheiro não é suficiente para eu ter os canais que quero e a ética (pelo menos a pouca que possuo) me impede de tê-lo. Trabalho, já trabalhei em ambientes de trabalho interessantes, mas à s vezes um superior (A.K.A.: chefe) é suficiente para quebrar todo o interesse e rebaixar o status para estressante.
(*) De Paulo Henrique Amorim:
“Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido polÃtico – o PiG, Partido da Imprensa Golpista”
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In English soon Available.
janeiro 27th, 2009 at 10:58
Muitas pessoas a ideia de tortura já está tão inserida na nossa cabeça que a legitimamos sem perceber. Uma vez, observando a aula de um professor, defensor ferrenho da educação como instrumento de mudança, presenciei uma cena dessas que nos fazem pensar. Ele conduziu uma aula ótima, em que o conhecimento era construÃdo pelos alunos, e encerrou com “Olha gente! Aproveitem o feriado! Não tem lição de casa!! EEeeeeeeba!!!” E depois vinha reclamar comigo que seus alunos não faziam lição. Ué. Ele mesmo já estava dizendo que fazer lição era um saco. E nem percebia.