Insanity Seeker

A Loucura o leva à verdade, assim como a Verdade o leva à Loucura.


A coisa mais misericordiosa do mundo, creio eu, é a incapacidade da mente humana em correlacionar todo o seu conteúdo.
Vivemos numa plácida ilha de ignorância em meio a negros mares de infinito, e não está escrito pela Providência que devemos viajar longe.
As ciências, cada uma progredindo em sua própria direção, têm até agora nos causado pouco dano; mas um dia a junção do conhecimento dissociado abrirá visões tão terríveis da realidade e de nossa apavorante situação nela, que provavelmente ficaremos loucos por causa dessa revelação ou fugiremos dessa luz mortal rumo à paz e à segurança de uma nova Idade das Trevas.
H.P. Lovecraft

Dupla Negação

fevereiro 22nd, 2010 by Lordspy

É deveras interessante quando percebemos um conceito simples da lógica (ou matemática) ocorrendo na vida real e o título desse post indica sobre qual estou falando.

No caso não quero dizer especificamente da negação de um fato, mas do oposto ao resultando quando um fato ocorre duas vezes, negando ou invertendo o resultado que dos atos surgiria.

Claro, isso apenas é possível se o resultado não possuir consequencias graves, principalmente aplicadas (ou sofridas) por terceiros, pois, nesse caso, teríamos uma implicação, a menos, talvez, que tal implicação, na dupla negação, retorne a você e ainda assim os resultados não sejam graves (ou permanentes).

Por resultados graves ou permanentes frequentemente interpretamos por algo de natureza física e não moral (ou ética). Fiquemos com esse universo, pois e formulemos:

Um pequeno acidente que geraria reprimenda ao perpretador, seja ela pelo próprio perpretador, por quem sofre a ação que gera a reprimenda ou por terceiros, se, após um pequeno intervalo de tempo, geralmente antes que o conceito da reprimenda seja formado, formulado ou transmitido, for repetido, normalmente o efeito causado é o oposto da reprimenda, tornando-se, frequentemente, cômico.

Exemplifiquemos:

Tome, por exemplo, um jantar entre família (ou amigos, ou social). Um copo com (coloque aqui o seu liquido favorito) é entornado na mesa molhando alguém (ou a si mesmo). Se o evento tornar a se repetir em um espaço de tempo suficientemente curto* o efeito torna-se hilário.

Outro exemplo: Na estrada com sinalização semi-deficiente se o motorista não percebe uma lombada (ou um conjunto de), o carro passa e o motorista, bem como os passageiros sofrem um susto (além de, talvez, alguns galos na cabeça), geralmente gerando reprimenda por parte de algum dos passageiros (principalmente se um deles for um dos pais do motorista) ou por parte do proprio motorista. coloque, portanto, dois conjuntos de lombadas, suficientemente espaçados para permitir que os ocupantes do veículo se recuperem do susto mas repitam o feito da mesma forma que o primeiro, para que o efeito de reprimenda seja não apenas anulado, mas devidamente invertido, frequentemente gerando gargalhadas dos ocupantes do automóvel.

Assim, agora sabe-se como se livrar de uma reclamação quando você tropeça e dá um esbarrão em alguém nas ruas. Antes que esse reclame, tropece e dê um esbarrão em um outro, para que o primeiro tenha a impressão invertida. Infelizmente isso geralmente funciona apenas quando o 2o. esbarrão é genuíno ou quando a pessoa é um ótimo ator.

O ponto a mostrar aqui é que a dupla negação possui efeitos práticos na vida real, mas apenas para situações cujo resultado não seja drastico. O efeito das lombadas poderia, em alguns casos, causar ou gerar um acidente grave e o fator da dupla negação seria automaticamente anulado pela incursão de um fato implicado. Mas há diversos outros exemplos. Caso você tenha algum a relatar, por favor, nos envie nos comentários

*O conceito de tempo suficientemente curto é o resultado de uma função dependente do caso e, portanto, não é uma constante. Tampouco pode ser mensurável.

6 Responses

  1. Daniel Caetano

    R0X! 🙂
    Principalmente a lombada. Mas olha, se ela se repetir 3 vezes ainda se anula… 🙂

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  2. Lud

    Muito bom 😀 Cadê nossos professores de lógica que passaram batido por esse princípio no colegial? 😉

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  3. Patricia

    Importante ressaltar que os fatos não podem trazer fatalidades. Ou nada anula nada. Ou nada anula coisa alguma. Como preferir =)

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  4. Alan Jumpi

    Excelente a aplicação pratica para o conceito de dupla negação!!! 🙂

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  5. Do Zero Ao Um

    Interessante. Será que teria um exemplo contrário aos que você deu? Exemplo, risadas e depois susto.

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  6. Lordspy

    Claro q tem, veja quantos jovens idiotas e acerebrados aprontam, dão risada e depois se arrependem do que fizeram…

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